A Osteoporose é uma doença silenciosa que afeta a massa óssea corporal, resultando na fragilidade dos ossos. Apesar de ser muito comum entre a população brasileira em geral, é uma condição que atinge especialmente as mulheres. Segundo a Americas Health Foundation, cerca de 33% das brasileiras com mais de 50 anos sofrem com a patologia.
Uma das razões para as mulheres fazerem parte do grupo de risco é que elas atingem um pico de massa óssea na adolescência menor que o dos homens. Isso significa que a reserva de massa óssea é menor. Além disso, a interrupção na produção de estrogênio com a menopausa afeta o processo de reposição de cálcio no organismo.
Manter uma alimentação equilibrada e praticar atividades físicas regularmente pode ajudar a evitar e a tratar a Osteoporose. Contudo, o que pode surpreender muitas pessoas é a incidência da doença em mulheres atletas. Neste artigo, você entenderá melhor sobre a ocorrência da Osteoporose em mulheres com alto desempenho físico.
Osteoporose em mulheres atletas
Pode parecer estranho corpos aparentemente saudáveis desenvolverem Osteoporose. Mas a verdade é que a doença afeta especialmente mulheres atletas por conta da rotina de preparação para competições. Com as dinâmicas intensas de treino e a alimentação restritiva, o organismo de mulheres que disputam títulos esportivos pode sofrer diversas mudanças.
Assim, há grandes riscos de desenvolver a perigosa tríade: distúrbios alimentares, disfunções hormonais e osteoporose. A necessidade de seguir dietas muito rigorosas e rotinas agressivas de exercícios físicos pode causar uma séria deficiência nutricional, afetando o funcionamento da menstruação e fragilizando os ossos.
Uma das primeiras consequências da perda de massa óssea é o aumento das lesões. As mulheres que sofrem com a osteoporose acabam se machucando mais em decorrência do grande esforço físico exigido pelo treino.
Outros sinais de alerta para a saúde de mulheres atletas são interrupção da menstruação por meses, dores excessivas e cansaço precoce. Além dos alertas físicos, existem também os alertas psicoemocionais, como quadros de ansiedade e depressão, e interferência do treino nas outras atividades do dia a dia.
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5 cuidados para evitar a osteoporose em atletas
Veja a seguir 5 cuidados que podem ser adotados para evitar que mulheres atletas desenvolvam osteoporose.
1. Evite o excesso de exercícios
O excesso de atividades físicas é um grande perigo para a saúde dos ossos. Mulheres que competem em esportes devem praticar uma rotina de exercícios compatível com a sua condição física. Exercitar-se em excesso até o ponto de exaustão é extremamente prejudicial para o corpo.
2. Alimentação balanceada
Uma alimentação equilibrada é fundamental para um corpo saudável. No caso das atletas, deve-se adquirir uma dieta para o treino sem prejudicar a ingestão de calorias e nutrientes necessários para manter o corpo na ativa. O ganho de calorias deve sempre ser superior à perda, por isso mulheres que se exercitam muito também devem se alimentar muito.
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3. Sono de qualidade
O tempo de descanso pode ser tão importante quanto o treino, especialmente para esportistas que desejam evitar a Osteoporose. A qualidade do sono pode interferir na remodelação óssea, processo de restauração das microfraturas naturais e de formação da nova matriz. Assim, dormir bem é muito importante para garantir a saúde dos ossos.
4. Check-up médico regular
Por conta das altas exigências do treino para competições esportivas, é necessário realizar o check-up médico regularmente. Dessa forma, é possível analisar a qualidade da alimentação, a eficácia dos treinos e a resistência óssea e muscular. Além disso, também é possível flagrar quadros patológicos assim que aparecem, evitando o agravamento do estado de saúde das atletas.
5. Cuidados com a saúde mental
A relação entre a saúde mental e a saúde física é amplamente estudada pela ciência. Em um mundo em que existem padrões de beleza rígidos e grandes expectativas para competições esportivas, mulheres atletas têm uma grande vulnerabilidade a distúrbios como ansiedade e depressão, que podem ter sintomas físicos.
Assim, cuidar apenas da forma física não é suficiente para garantir o bem-estar e a saúde das competidoras. Realizar o acompanhamento psicológico permite alinhar corpo e mente para uma rotina de treinos mais saudável.
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